segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O homem que queria ser rei (1888) 
Rudyard Kipling (1865-1936) - Índia   
Tradução: Sérgio Flaksman    
São Paulo: Grua, 2015, 74 páginas 


Escritor inglês nascido na Índia, Rudyard Kipling oferece ao leitor, nesse conto longo, a história de dois aventureiros, Peachey Carnehan e Daniel Dravot, que resolvem constituir um reino num lugar remoto da Ásia Central chamado Cafiristão, nas montanhas geladas para além do Afeganistão. Aquilo que aparentemente soa como um delírio, os amigos conquistam pelo poder das armas e pela manipulação das crenças locais - eles se apresentam aos nativos como deuses sobre-humanos. Tudo começa a desmoronar quando Dravot, senhor de um grande exército e dono de um amplo território, torna-se presa de seus próprios devaneios e passa a comportar-se como um ser divino e caprichoso. Insatisfeitos, seus súditos se rebelam: Dravot é morto e Carnehan, seu lugar-tenente, crucificado. Após milagrosamente resistir às torturas, Carnehan é libertado e volta à Índia carregando o único bem que lhe resta, a cabeça do amigo. Enlouquecido, morre num hospício. A narrativa é uma clara alusão ao imperialismo britânico e aos males advindos da ambição desmedida.




Avaliação: BOM

(Outubro, 2015)



Entre aspas

"Falamos da política - do ponto de vista dos Vagabundos, que enxergam as coisas de baixo, num ângulo que revela os pontos onde o gesso e as madeiras não foram bem lixados (...)" (p. 13)


  


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