segunda-feira, 1 de novembro de 2021

 O passageiro secreto (1909)

Joseph Conrad (1857-1924) - INGLATERRA  

Tradução: Sérgio Flaksman         

São Paulo: CosacNaify, 2015, sem numeração de páginas


Texto menor de um autor maior (que já teve resenhado neste espaço a obra-prima O coração das trevas, no dia 10 de fevereiro de 2016), é uma narrativa que mantém certo suspense, que acaba revelando-se um anticlímax. O narrador, em primeira pessoa, é um jovem comandante, que está estreando sua atividade naquele navio - portanto, sente-se inseguro frente aos seus subordinados, ao mesmo tempo que ansioso para mostrar a eles suas capacidades. Por acaso, antes ainda de partirem, enquanto estão ancorados nas costas do Golfo de Sião (atual Tailândia), ele vê um sujeito tentando alcançar o convés do navio, por meio de uma corda esquecida. Ele diz para o desconhecido subir e este lhe conta que está fugindo de um outro navio, o Sephora, porque assassinara um colega. Imediatamente, o narrador se solidariza com o desconhecido, por ver nele as suas próprias qualidades e inquietações - quase um seu outro eu -, e resolve escondê-lo em seus aposentos. O desconhecido passa então a ser o "passageiro secreto". Por conta das artimanhas para proteger o passageiro secreto, o narrador começa a agir de forma estranha, o que provoca suspeitas nos marinheiros. Até que consegue, por meio de uma perigosa manobra, deixar o desconhecido perto de uma ilha, sem que ninguém perceba sua fuga. A manobra, por extremamente arriscada, e por ter demonstrado sua perícia, conquista afinal a credibilidade dos subordinados. 



 Avaliação: BOM

(Novembro, 2021)


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