O dia da coruja (1961)
Leonardo Sciascia (1921-1989) - ITÁLIA
Tradução de Solange Lima Caribé da Rocha
Tradução de Solange Lima Caribé da Rocha
Rio de Janeiro / São Paulo: Fontana / Istituto Italiano di Cultura. 1981, 108 páginas
O autor constrói uma narrativa absorvente, usando o gênero policial para denunciar o profundo comprometimento da política italiana com a máfia. Numa pequena aldeia da Sicília, Salvatore Colasberna, um pequeno empreiteiro, é assassinado a tiros de fuzil, quando tomava um ônibus para Palermo. No mesmo dia, o podador Paolo Nicolosi desaparece. O capitão Bellodi, comandante da companhia dos carabineiros, emiliano de Parma, norte da Itália, é encarregado de desvendar o crime. Pouco a pouco, Bellodi descobre que Colasberna foi morto por se recusar a pagar propina para o mafioso local, dom Mariano Arena. E que Nicolosi morreu por ter, por acaso, reconhecido o assassino, um tal de Diego Marchica, conhecido delinquente, que recebeu 300 mil liras pelo trabalho. O contratador de Marchica, Rosario Pizzuco, encarregou-se de dar um fim em Nicolosi. Bellodi conduz brilhantemente o inquérito e arrola os três como responsáveis pelo dois assassinatos. Mas dom Mariano Arena tem relações com o deputado Livigni, que, por sua vez, é ligado ao ministro Mancuso... No final, testemunhas garantem que no dia do crime Marchica encontrava-se a mais de 70 quilômetros do local; e que a polícia havia reaberto o inquérito e tudo indicava que Nicolosi teria sido morto num conluio entre sua mulher e o amante dela... É uma história que poderia ter sido escrita sobre o Brasil contemporâneo...
Observações:
1) A capa que aparece acima não é da edição lida, pois não encontrei imagem da capa original.
2) A leitura da edição é muito prejudicada pela péssima diagramação.
Entra aspas :
O autor constrói uma narrativa absorvente, usando o gênero policial para denunciar o profundo comprometimento da política italiana com a máfia. Numa pequena aldeia da Sicília, Salvatore Colasberna, um pequeno empreiteiro, é assassinado a tiros de fuzil, quando tomava um ônibus para Palermo. No mesmo dia, o podador Paolo Nicolosi desaparece. O capitão Bellodi, comandante da companhia dos carabineiros, emiliano de Parma, norte da Itália, é encarregado de desvendar o crime. Pouco a pouco, Bellodi descobre que Colasberna foi morto por se recusar a pagar propina para o mafioso local, dom Mariano Arena. E que Nicolosi morreu por ter, por acaso, reconhecido o assassino, um tal de Diego Marchica, conhecido delinquente, que recebeu 300 mil liras pelo trabalho. O contratador de Marchica, Rosario Pizzuco, encarregou-se de dar um fim em Nicolosi. Bellodi conduz brilhantemente o inquérito e arrola os três como responsáveis pelo dois assassinatos. Mas dom Mariano Arena tem relações com o deputado Livigni, que, por sua vez, é ligado ao ministro Mancuso... No final, testemunhas garantem que no dia do crime Marchica encontrava-se a mais de 70 quilômetros do local; e que a polícia havia reaberto o inquérito e tudo indicava que Nicolosi teria sido morto num conluio entre sua mulher e o amante dela... É uma história que poderia ter sido escrita sobre o Brasil contemporâneo...
1) A capa que aparece acima não é da edição lida, pois não encontrei imagem da capa original.
2) A leitura da edição é muito prejudicada pela péssima diagramação.
Entra aspas :
"Nada é a morte em confronto com a vergonha." (pág. 20)
"A Igreja [Católica] é grande porque cada qual se encaixa nela a seu modo." (pág. 93)
Avaliação: MUITO BOM
(Julho, 2019)
(Julho, 2019)
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