O visitante da noite e outros contos (1931)
B. Traven (1882?-1969?) - ALEMANHA (?)
B. Traven (1882?-1969?) - ALEMANHA (?)
Lisboa: Antígona, 2014, 235 páginas
Tradução: Manuela Gomes
Avaliação: NÃO GOSTO
Observações:
Entre aspas:
"(...) somos muito mais respeitados se em vez de falarmos deixarmos que os outros falem. Ninguém está interessado na opinião de outrem". (pág. 148)
Este livro reúne 11 histórias - 10 delas passadas no México e uma na França. Bastante desigual, alguns textos nem se configuram como contos. "O padecimento de Santo Antônio", "Na ausência do padre", "Linha de montagem", "Um remédio eficaz" e "A sentinela" são casos, em que são expostos, de maneira algo folclórica, a sagacidade e a ingenuidade dos indígenas. "Uma história verdadeiramente sangrenta" nem isso é: trata-se de uma crônica na acepção mais literal do conceito. "Chamada noturna" e "A história de uma bomba" são contos razoáveis. O que salva o livro são a pungente história de afeto e traição entre um cachorro e o dono de um restaurante parisiense, em "Amizade"; a renovada história de pacto com o diabo, em "Macário"; e principalmente o aterrorizante e fantástico conto longo "O visitante da noite". O que mais me incomoda nas narrativas é que, por mais que perceba a simpatia que o Autor demonstra por suas personagens - a estima aparenta ser sincera -, sempre permanece o estranhamento do olhar superior do europeu, que chega mesmo a escapar em preconceito, como, por exemplo, na página 19, quando o narrador afirma: "(...) não nos esqueçamos que também um trabalhador índio pode ser inteligente". O próprio Autor/narrador parece ter consciência disso, quando confessa, à página 227: "É insensato pretender penetrar nos reais motivos que presidem aos actos cometidos pelos membros de uma raça que não é a nossa". Enfim, um livro que não me comove.
(Julho, 2017)
(Julho, 2017)
Avaliação: NÃO GOSTO
Observações:
O nome do Autor, as datas de nascimento e morte e mesmo sua nacionalidade nunca foram conhecidas efetivamente, Há teses e conjecturas, mas não provas. Por isso, as interrogações...
Entre aspas:
"(...) somos muito mais respeitados se em vez de falarmos deixarmos que os outros falem. Ninguém está interessado na opinião de outrem". (pág. 148)
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