Contos da montanha (1941)
Miguel Torga (1907-1995) - PORTUGAL
Coimbra: Edição do Autor, 2014, 328 páginas
Este livro reúne 23 contos, que, ao fim e ao cabo, pertencem a um subgênero narrativo que não me agrada ou pelo menos não me fascina, a do conto anedótico, ou, talvez, possamos chamar de caso. À anedota, ou caso, pouco importa a complexidade dos personagens, em geral rasos, mas sim o desfecho do que vai contado. Por isso, a história desenvolve-se em linguagem simples (por vezes, apelando a regionalismos e localismos, para conseguir maior efeito de veracidade), e com um final fechado, para que não restem dúvidas a respeito do sentido do enredo. A estrutura lembra um pouco a do soneto com chave de ouro, em que todos os versos são construídos com a única finalidade de exibir uma forte imagem derradeira. Se são bem escritos - e são - os contos no entanto são previsíveis e não oferecem ao leitor nenhum desafio, de qualquer natureza. Os personagens - na verdade, tipos das montanhas do norte de Portugal - comportam-se como uma espécie de títeres nas mãos do Autor e deles não esperamos nada mais do que cumpram o papel previamente destinado a eles.
Coimbra: Edição do Autor, 2014, 328 páginas
Este livro reúne 23 contos, que, ao fim e ao cabo, pertencem a um subgênero narrativo que não me agrada ou pelo menos não me fascina, a do conto anedótico, ou, talvez, possamos chamar de caso. À anedota, ou caso, pouco importa a complexidade dos personagens, em geral rasos, mas sim o desfecho do que vai contado. Por isso, a história desenvolve-se em linguagem simples (por vezes, apelando a regionalismos e localismos, para conseguir maior efeito de veracidade), e com um final fechado, para que não restem dúvidas a respeito do sentido do enredo. A estrutura lembra um pouco a do soneto com chave de ouro, em que todos os versos são construídos com a única finalidade de exibir uma forte imagem derradeira. Se são bem escritos - e são - os contos no entanto são previsíveis e não oferecem ao leitor nenhum desafio, de qualquer natureza. Os personagens - na verdade, tipos das montanhas do norte de Portugal - comportam-se como uma espécie de títeres nas mãos do Autor e deles não esperamos nada mais do que cumpram o papel previamente destinado a eles.
Avaliação: BOM
(Setembro, 2019)
(Setembro, 2019)
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